rainhavainua

Um bloge...heterogeneo, que pretende fazer uma reflexão, sobre os reais motivos da Rainha ir nua... A Rainha de vizela, para que se saiba.

quinta-feira, junho 29

Maturação

O tempo tem tempo certo,
O tempo tem lugares especificos.
O tic tac do tempo, fez uma pausa aqui,
e matura-se agora ali.

Vai fechar para obras, a ver se se reeinventa.

Tchim tchim

domingo, junho 18

Aos poucos leitores deste blogue, reconheço que este anda com pouca dinámica, e prometo disciplinar-me mais nesta tarefa terapeutica que é escrever...

Em breve espero abordar alguns temas "quentes", sobre a nossa cidade.
O "Chicoquirstão"

quinta-feira, junho 8

Engrenagem

Cama, levanta, romela, água
roupa, cabelo, pão,comboio
Chegada, inquerito, partida, tédio
familia, silencio´.
Skipe, silencio intermitentente, saudade.
Cama, sonho, cama, levanta, romela, água...

Deixa-se de se ser, quando a presiblidade ganha forma.
Renasce-se quando se finta o previsivel.

Hoje não trabalhei!!

terça-feira, maio 30

Tempo dilacerante

Viajo, numa corrida
que viaja num tempo,
Que controla a viagem.
O jogo Está viciado!
Por favor parem o comboio
ele nunca chegará a tempo,
de eu terminar a minha viagem.


Tempo unidireccional,
Viagem atroz…
E quem fica?
Não mais o apanha?
Quem tem o monopólio do tempo?
Será que reconsidera..?
À, este mercado único, retalha-te…
Retrata-te.

Vi tristeza nos olhos de um velho,
que já sabia a resposta ao perguntar:
Este era o último comboio?

terça-feira, maio 9


Feira do livro e dos nossos Mortos

Combina de forma sublime, uma feira do livro naquele espaço de árvores frondosas, onde o lento desfilar do rio emite um ruído quase terapêutico para a alma, o parque das termas. Ou não fossem os livros e a natureza dois espaços de contemplação tão próximos da alma humana.
Hoje contemplei, fiz o prazeroso esforço de me deslocar á feira do livro de Vizela, deambulei entre livros e árvores, espreitando curioso, trechos de autores uns mais familiares do que outros, espreitando não tão curioso, o preço dos livros. Enalteço a iniciativa de fazerem um desconto de 20% sobre o preço de capa dos livros, o que confere uma certa lógica ao conceito de Feira do Livro, distinguindo-a de uma qualquer livraria.
Comprei dois livros, uns pedaços de folhas presas com poesia do injustamente não galardoado com o Nobel, Miguel Torga, por 2.50 euros, uma pechincha no meu parco orçamento. Comprei um outro, uma adaptação da obra Don Giovanni, ópera de Mozart, feita pelo José Saramago. Curiosamente ouvi um trecho dessa ópera ontem á noite no Rivoli, numa iniciativa da queima das fitas, Desconhecia-a até então.
Livros comprados, procurei um espaço para me sentar por entre os plátanos do parque. Comecei a remexer umas páginas de um livro, O Dicionário Geográfico de Portugal, de Pinho leal, parte V-X-Y-Z, uma edição de cerca de 189?, não consigo precisar a data, por via de umas páginas arrancadas, um pouco por todo o livro, por alguns inergrumes, ou alegadamente como me foi dito, por um súbito desarranjo intestinal.
Acontece que, entre as páginas arrancadas, algumas situavam-se exactamente nas letras VIZ, onde se faz referencia a Vizela, felizmente, não arrancaram as referencias todas, mas pode-se dizer mesmo assim que uma parte de Vizela do Dicionário Geográfico de José Pinho, serviu a Higiene fecal de alguém, sempre prestável a outrora Vila.
Viagem no tempo, posso dizer com toda a certeza, que desafiei as leis mais elementares da física, e me transportei para a Vizela Oitocentista, onde Pinho Leal descreve de forma sublime o retrato económico, industrial da Vizela da época, onde discrimina hotéis, pelos nomes, hábitos das pessoas, o tortuoso caminho da formação da Companhia das termas, até nomeia o autor do frondoso parque onde se realiza a feira do Livro, o Horticultor Portuense Marques Loureiro.
Enfim, uma fugaz passagem pela Vizela do fim do século XIX, cheia de intensidade, magia, onde relembrei todo o património histórico que esta cidade possui, á espera de ser descoberto, mas que infelizmente respira um mofo intragável, na memória colectiva de quase todos os Vizelenses.
A feira do livro tem pouca afluência, os interstícios da nossa história também, palpita-me que enquanto as pessoas não contemplarem os plátanos que acolhem a Feira do Livro de Vizela, eles onde continuar a ser misteriosos e mágicos interstícios.
Palpita-me que os nossos mortos ilustres têm o segredo de uma possível revitalização económica do nosso concelho, talvez por via de muitos curiosos, que como eu, não se importariam de deixar cá o seu capital, em troca dos segredos da nossa história.
Palpita-me…
Assustam-me mais os vivos desta terra, do que os mortos.

terça-feira, maio 2


Caciquismo e Fraternidade

É curiosa a forma como funciona o nosso cérebro, esse bicho estranho alimenta-se de palavras para formar as imagens; os conceitos, a cor com que pintamos a realidade. Precisamos da palavra, como o pincel precisa da tinta para se fazer sentir na tela, as palavras a latejar na nossa psique, são a tinta do pincel que é a nossa imaginação, e que nos traça a forma das coisas que imergem do nosso pensamento. O conteúdo pode estar lá, mas sem a forma da palavra, o pensamento não atinge o seu significado total.
Pressupõem-se assim que um cérebro com um vocabulário mais reduzido, não será um cérebro estúpido, mas certamente será um pincel com dificuldades em se fazer sentir na tela da vida, o conteúdo estará lá, mas certamente sempre com traços grosseiros, em imagens mais abstractas, o que por si só não me concerne preocupação, gosto do abstraccionismo, gosto das pessoas simples.

A língua portuguesa é rica em palavras, é um família grande, cujos parentes não morrem, acumulam-se em anos de história.
São irmãos na forma de sinónimos, adjectivos que não deixam nada ao indescritível, paradoxos para as dicotomias da vida sobe a forma de antónimos, enfim…um sem fim de palavras!

Não me surpreende portanto, que todos os dias eu aprenda uma palavra nova, cujo o significado é similar a outra que eu já conhecia, contudo é a palavra mais exacta para um qualquer conceito mental que já na minha cabeça pairava, mas não tinha a tinta necessária para se fazer colorir na forma de pensamento concreto.

O caciquismo, a palavra já conhecia, nunca tinha pensado bem no seu significado, sabia que se relacionava com o acto dos padrinhos presentearem os seus afilhados com dádivas, coisa que remonta já ao império romano.
Ouvi também pela boca de pessoas mais antigas, que o caciquismo era também o que apelidava o que os representantes do partido facínola a nível regional, faziam aquando das pseudo-eleiçoes realizadas nos anos 60 em Portugal, ao andarem de porta em porta a entregar bacalhaus e garrafas e garrafas de vinho, numa compra directa de votos …Uma velha forma de apadrinhar também.

Apesar de eu já conceber esta ideia, como o acto de dar, ainda não conseguia perceber, onde se poderia inserir o caciquismo, que nos discursos de esquerda, representa a pedra angular de uma democracia dissimulada.
Parei então para pensar, ele deve estar algures, afinal o acto de dar ao próxima, constitui uma das mais fraternas formas de solidariedade que se institucionalizou no nosso século, não obstante os presentes envenenados e com intenção de retroactivos, a cavalo dado não se olha o dente, já se diz.

Comecei a reparar nas formas subtis que o acto de dar ao próximo, ou não tão próximo assim, assumiu nos últimos tempos, subtilezas que podem não ser reconhecidas com operações mentais macroscópicas. Digo mais, fiquei enternecido com tanta dádiva fraterna que se revelou á minha frente.
Ele desdobra-se em benesses institucionais, na forma de subsídios, de buracos tapados, de emprego desqualificado em quadros técnicos carentes de know-how, medalhas de reconhecimento oportuno. Uma distribuição, que se aparentemente se figurava aleatória, revela-se me agora cada vez mais cirúrgica e providencial para o bom funcionamento de uma democracia dissimulada.

O caciquismo é um animal atemporal, que se veste sobe as vestes mais incolores que se podem imaginar, que respira e se alimenta nos interstícios mais recônditos do poder.

Apraz me muito, como podem imaginar, que o acto de dar, sejam presentes envenenados, ou com intenção de retroactivos, pois, (A cavalo dado não se olha o dente), ainda seja o eco de uma sociedade caracteristicamente fraterna.

sexta-feira, abril 7

Assim vai o Vale, assim nao vale!


Eles são travestis agochizados
Coroados com caixo~es
eles sao robertos de lealdade
com direito a dilúvio biblico
ele é andeball com golos em cunha
como um frente quente que sopra em vário campos
é Faísca contra alta voltgem
È patrono, pá, sem trono
protelariado, pá, em prol irado, do vintém em terras de vera cruz lenocidário.
É director sem ser directo
Presidente,sem préstimos
É super liga por um canudo,
segunda B por um oleoduto
Rio sem graça, sem garsa
acudam-nos, corre um rio no nosso esgoto.
Salvam, empresas de expressao dramática
essas derramam risos, por cima do tom boçal.
Salvam-se ritas portuguesas, já sem Marias da ponte
(quem disse que de guimaraens, já nem bom ventos?)

quinta-feira, março 9

Cidadania

Ministério do equipamento, do planeamento e da administração do território


Decreto de lei n.º 380/99 de 22 de Setembro

Capítulo I


….
…..


Artigo 5.º

Direito á informação


1- Todos os interessados os interessados têm direito a ser informados sobre a elaboração, aprovação, acompanhamento, execução e avaliação dos instrumentos de gestão territorial.
2-…


Artigo 6.º

Direito de participação

1- Todos os cidadãos bem como as associações representativas dos interesses económicos, sociais, culturais e ambientais têm o direito de participar na elaboração, alteração, revisão, execução e avaliação dos instrumentos de gestão territorial.

2- O direito de participação referido no número anterior compreende a possibilidade de formulação de sugestões e pedidos de esclarecimento ao longo dos procedimentos de elaboração, alteração, revisão, execução e avaliação, bem como a avaliação na fase de discussão pública que procede obrigatoriamente a aprovação.

3- . . .


A participação pública num processo de elaboração de um instrumento tão poderoso e importante para o bem-estar e desenvolvimento futuro de uma população, como é o Plano Director Municipal, deveria ser mais próxima e efectiva.

O alheamento de comunidade em relação a este debate, é propício a que este instrumento de gestão, se transforme num instrumento medieval de serventia feudal, legalmente fundamentado e castrador de uma possibilidade futura de desenvolvimento harmonioso do concelho.

Não está tudo nas nossas mãos, mas pelo menos uma grande parte está, é irresponsabilidade de mente tacanha não participar neste projecto.

As minhas Jornadas do Património histórico de Vizela

Nao fui ligueiro no almoço, estava demasiado bom...cheguei atrasado ás jornadas.
Nao tinha perdido o mais interessante, digo eu como descargo de consciencia...
A sala estáva cheia, uma única cadeira de vago, á minha espera talvez...indicou-ma o Professor.
Nao me concentrei logo no que o Professor Antero dizia, não que fosse de descartar, simplesmente tanta gente reunida numa actividade de caracter cultural em Vizela, era novidade para mim. Magnetizou-me o pensamento para uma irónica conclusão...algumas daquelas pessoas deveriam ter confundido Jornadas do Património, com Jornadas do matrimónio, com esta crise afectiva, não me supreenderia a aderência. Felizmente não, a comunidade surpreendeu-me.
O ilustre Manuela Campelos fez uma viagem no tempo, sentados naquela voz vivida viajamos pelos ilustres de outrora, mecenas , enpreendedores, voluntariosos e altrúistas os nomes que dão graça ás nossas ruas.
longe de mim, a presunção do pensamento de que aqueles citados não seriam os mais acertados, concerteza o são.
Contudo, foi-se aclarando uma questão na minha cabeça, ou vizela era terra de homens desinspirados, não existindo artistas, assim não citados, ou vizela noutrora teve poetas, pintores, sonhadores , vítimas da flacidez cultural, não perpetuados na memória colectiva.
A desinspiração é doença moderna, palpita-me que a segunda hipotesse tem pernas para andar.
Mas que chato que eu sou, a palestra foi muito rica, de grosso modo viram-se os rostos da história de vizela.Inclusive in Loco, o Sr Manuel Campelos de espirito sempre jovial.
Entervalo, um cigarro, um díalogo, por vezes tive a sensação que era um monólogo, mas pronto chamemos-le diálogo.
Segunda parte, Dra Elódia canteiro, com o seu aspectro sempre muito maternal, com a apresentaçao do seu fantástico trabalho sobre A maternidade: Crenças, mitos e tradiçoes no território de Vizela.
Deambulou-se por lugares poucos comuns, a dimensão abstracta de uma realidade contida num universo feminino de cumplicidade entre maes e filhos.
Já não era novo para mim este estudo, mas foi sempre um prazer recorda-lo, aconselho viamente a leitura da seu livro,"Mortalidade Infantil:práticas associadas ao 1º ano de vida.", um pequeno descortinar sobre a realidade humana do nosso território, e não só.
De seguida, a antiga fábrica de papel da cascalheira, principio do século IXX, primeira produçao de papel do mundo utilizando materiais lenhosos.
Não foi novidade para mim o facto, despertou-me sim a curiosiade, o facto de o papel produzido ter presumivelmente uma márca de água original, contudo não se conhece nenhuma folha de papel fabricada na fábrica, palpita-me que algum entulho no sotão de uma qualquer família de nome comprido de vizela escoñda essa reliquia, irrita-me o pensamento.
Lembrei-me de mais uma motivo porque os franceses me arranham a paciencia, mas adiante, não interessa a minha gaulofobia.
Ultima exposiçao, uma arqueólego cativante:


Ò vizela soterrada que tantas segredos encerras,
entre inegrumes e imobiliárias
Jazes serena até seres encontrada.


Perfiro em jeito de poema, para não ofender ninguem. A palestra foi muitissimo interessante...

Parabens á AVICELLA, por tentares trazer uma identidade a esta terra, pois sem isso, seremos esquizofrénicos culturais.

terça-feira, janeiro 31

Distancia

È nos difícil distanciar do facto de o nosso país ser o nosso país, isto é, a distância necessária para o vermos em traços realistas e rigorosos, não nos possibilita, a nós, filhos da pátria lusitana, desenhar esses traços.
Esta ligação umbilical que nos une ao território é então um dos grandes bloqueios intelectuais que nos impede de fazer um diagonóstico realista da nossa realidade.
Numa sociedade culturalmente consolidada, nas várias vertentes que o termo acarreta, esta avaliação realista seria possível, sendo o ponto de partida para as devidas correçoes que urgem ser feitas nas imensas lacunas do país. Infelizmente, os ecos da comunicação social, da maioria das nossas elites e do cidadão comum, demonstram que esse distanciamento n existe, demonstram que estamos demasiados tapados pela ligação umbilical lusitana para vemos Portugal como ele realmente é.

Neste contexto de umbigos, e pátria, esquecemos que existe quem olhe para nós com o devido distanciamento.
Deixo então alguns excertos de artigos de alguns jornais europeus de referência, a propósito das nossas singelas eleições presidenciais.


“…Lisboa oferece um espétaculo de contrastes explícito. Milhares de automóveis de luxo, centros comerciais com ruas e avenidas com artigos a preços dignos de nova York, e as filas para assinar a tv por cabo (mais cara do que em Espanha) convivem com os mendigos que povoam a Avenida da Liberdade e a Praça da Alegria, que os « junkies» (Portugal encabeça o consumo de heroína da EU) que roubam os telemóveis aos turistas, na Baixa, e os emigrantes africanos que passeiam pela Praça do Rossio, numa atitude de desemprego irremediável, (a taxa de desemprego que era de 4,1 em 2001, é agora de 7,5 por cento)…”
“…segundo o último Eurostat, Portugal é o pais mais desigual da União Europeia. Em 2003, a comparação entre os rendimentos acumulados pelos 20 % Maios ricos e os 20 % mais pobres dava um rácio de 7,4, ou seja, os mais abastados arrecadaram 7 vezes mais do que os mais necessitados….”

“…se o viajante sair dos centros urbanos, deixar para trás os campos de golfe, e percorrer as periferias ou o interior rural do país, as coisas mudam. É como se o dinheiro não existisse: o bairro cigano de São João de Deus no Porto, faz lembrar mais uma favela do Rio de Janeiro do que os arrebaldes de qualquer outra cidade Europeia. …”

“…com tudo isto, em 2004, mais de 15 mil pessoas foram passar férias de avião, enquanto 2 milhões de pessoas subsistem com 350 euros por mês…”

In “Courrier Internacional; excerto tirado do” EL País-Madrid””


“…Quatro Primeiros Ministros em três anos e meio, dois socialistas e dois conservadores – ainda não conseguiram arrancar os Portugueses da sua melancolia e letargia….”

In “Courrier Internacional,excerto de um artigo do Frankfurter Allgemeine Zeitung”Frankfurt

terça-feira, janeiro 10

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